Economia

Setor bancário propõe debate além do IOF para controle da dívida pública

O setor bancário defende discutir medidas estruturais para controlar a dívida pública sem onerar o crédito. O presidente da Febraban alerta que usar o IOF para aumentar arrecadação prejudica consumo e investimento, sendo necessária uma mudança fiscal profunda e sustentável.

O tema dívida pública está cada vez mais presente nas discussões sobre a economia brasileira. Mas será que políticas como a taxação do crédito são o melhor caminho para a saúde financeira do país? Vamos analisar as posições do setor bancário e suas propostas para propostas eficazes.

O compromisso do setor bancário com o controle da dívida pública e o papel do crédito

O setor bancário tem um papel importante no controle da dívida pública. Líderes do setor afirmam que é preciso buscar soluções que não penalizem o crédito. Afinal, o crédito é o dinheiro usado pelas famílias e empresas para consumir e investir.

O presidente da Febraban destaca que o diálogo deve focar em medidas de médio e longo prazo. Não faz sentido pensar apenas em soluções rápidas ou em impostos que só aumentam o custo do crédito, como o IOF.

Ele compara a situação do Brasil a um avião em voo. Se o combustível acabar, o avião cai. Da mesma forma, não podemos permitir que a dívida suba sem controle, ou a economia pode sofrer um grande impacto.

Portanto, o setor pede mudanças estruturais nas regras fiscais. Essas mudanças devem garantir que a dívida pública tenha uma curva sustentável, sem prejudicar investimento, produção e consumo no país.

Por que o IOF não deve ser usado como ferramenta de política fiscal para conter o endividamento

O IOF, ou Imposto sobre Operações Financeiras, é um tributo que incide sobre crédito, câmbio e seguros. Muitos pensam em usar esse imposto para controlar a dívida pública, mas o setor bancário tem outra visão.

O presidente da Febraban alerta que aumentar o IOF onera o crédito. Isso significa que famílias e empresas pagariam mais para tomar dinheiro emprestado. No fim, isso pode frear o consumo, investimento e produção, afetando a economia como um todo.

Além disso, usar o IOF para arrecadação é uma solução de curto prazo. O setor defende ações estruturais e de longo prazo, que melhorem a trajetória da dívida sem sufocar o crédito e a atividade econômica.

Essa visão reforça que o Brasil não pode crescer sua dívida de forma insustentável. A comparação feita pelo presidente Sidney, do Brasil como um avião em voo, mostra que o país precisa evitar “pane seca”. Ou seja, não pode parar por falta de recursos.

Portanto, a recomendação é evitar usar o IOF como principal ferramenta para conter o endividamento, investindo em reformas e ajustes fiscais que deem resultado real e duradouro.

Calebe Santos

Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.

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